quarta-feira, 23 de abril de 2008

Não acontece só aos outros

Esta é uma mensagem de alguém que a escreveu poucos dias antes de morrer e pediu para a divulgar.
O texto é extenso, mas penso que vale a pena ler até ao fim.
Penso que é importante não deixarmos passar em branco.



A TODOS OS MEUS AMIGOS
E AOS AMIGOS DOS MEUS AMIGOS

Chamo-me Ricardo Matos, tenho 35 anos e não sei se faço os 36!
Irónico? Não. Sou realista… e já vão perceber porquê.
Sou casado (em união de facto, o que para mim é a mesma coisa) há 6 anos.
Um casamento feliz, vários desentendimentos ao longo deste tempo, mas nada que possa ter posto em risco os sentimentos fortes e recíprocos entre mim e a mulher da minha vida – a Paula. A prova está nos 2 seres mais importantes do mundo para mim – os meus piolhinhos – Nádia e André. A Nádia nasceu 1 ano depois de nos juntarmos – veio alterar por completo a nossa vida – os serões com os amigos passaram a ser em casa, o Bairro Alto e o Lux passaram para 2º plano. Mas não fez mal, pois a nossa maior alegria era partilhar todos os momentos com a nossa filhota. Cada gracinha, cada progresso do seu crescimento tinha que ser vivido pelos 2, ou sentiríamos inveja um do outro (no bom sentido).
Passaram 3 anos e nasceu o André. Espevitado e muito manhoso, sempre foi um terror, desde o dia em que nasceu. Veio alegrar ainda mais a nossa vida.
Antes de nascer o André, passei por um período complicado. Eu e a Paula discutíamos muito, a gravidez dela foi complicada, ela passou muito mal, o humor dela alterou-se completamente, teve algumas complicações e ficou de baixa a partir do 4º mês de gravidez… e eu não tive paciência nem coragem para a apoiar. Eu e a Paula chegávamos a discutir sobre quem deveria levar ou ir buscar a Nádia ao infantário. Eu achava que ela deveria fazê-lo por estar em casa "sem fazer nada", ela dizia-me com toda a razão (hoje admito), que se estava de baixa, por algum motivo era. Não podia fazer esforços nem pegar em pesos, mas eu, no meu mais puro egoísmo, nunca parei para pensar. Eu não fui um bom marido, nem um bom pai, optei pelo caminho mais fácil e refugiei-me nos meus amigos, na noite, nos copos… O ambiente em casa ficou de cortar à faca, tudo era problema para a Paula, em contrapartida, lá fora tudo era maravilhoso, não havia stress com nada, eu era solicitado pelos meus amigos, ninguém fazia perguntas, ninguém me criticava, tudo era perfeito!!!Até que um dia, numa das minhas saídas nocturnas, conheci mais profundamente uma das amigas da noite: o nome dela era Mónica, tinha 25anos, não era propriamente bonita, mas era aquilo que se chama "um chuchusinho". Até esse dia, brincávamos um com o outro, provocávamo-nos mutuamente, chegámos até a trocar uns beijinhos inocentes, nada de importante. Mas nessa noite, foi diferente, eu tinha vontade de extravasar, não me apetecia pensar na minha vida actual, naquele momento, rejeitei completamente pensamentos sobre a minha vida, a minha mulher, a minha filha… o meu filho que vinha a caminho. Acabei a noite num hotel, achando que o meu acto era apenas um desabafo, pois se a minha vida estava virada do avesso, que mal fazia tentar alegrar-me um pouco?!
Cheguei a casa à hora do almoço, deparei-me com a cara da minha mulher, a cara de quem tinha passado a noite em branco, angustiada e triste. A minha filha não entendia nada, apenas ficou feliz por ver o pai, sem perceber porque é que ele passou a noite fora. Desculpei-me com os copos, arranjei o álibi perfeito, disse que bebi demais, não estava em condições de conduzir e fiquei a dormir no carro, juntamente com um amigo. Não sei se a Paula acreditou. Só sei que não disse mais nada. Eu senti-me mal, mal por mentir, mal porque senti nojo de mim próprio, pelo que tinha acabado de fazer. Uma noite perfeita acabou num peso brutal na minha consciência. A Paula não merecia nada do que eu tinha feito. O tempo foi passando, as mágoas foram-se atenuando, mas as coisas entre mim e a Paula nunca mais foram as mesmas. Até que nasceu o André. Aí,baixámos as armas por completo e prometemos um ao outro que nunca mais íamos deixar as coisas chegar à exaustão. Éramos uma família e tínhamos que lutar por ela, por nós e principalmente pelos nossos filhotes. Esqueci o assunto, "redimi-me dos meus pecados", dedicando-me à minha família. Mas sempre que me olhava ao espelho, sentia-me um cobarde pela traição e por não ter assumido os meus actos. Mas também, isso poderia estragar tudo. Era melhor ninguém saber de nada.
Há cerca de um ano atrás, a Paula foi ao médico, por causa de umas dores que andava a sentir. Fez exames e detectaram que tinha quistos nos ovários. Teve que ser operada e para tal, foi submetida a uma série de análises – prática comum antes de uma cirurgia. Entre as análises estava a avaliação sobre o HIV. Qual o problema? Nenhum. Nunca poderia acusar nada… mas acusou. A Paula estava infectada com o vírus da sida e a tempestade caiu de novo nas nossas vidas.Tive que admitir o meu erro e automaticamente, fiz também análises. Estava também infectado, fui eu o causador de tudo, de certeza absoluta.
Lembrei-me da inconsciência daquela noite, de tudo o que fiz e do que não fiz. Como é que eu pude fazer o que fiz sem usar preservativo, com uma pessoa que eu conhecia há tão pouco tempo. Mas tinha tão bom aspecto…quem haveria de dizer…Percebi também porque é que os antibióticos que andava a tomar não faziam efeito como deviam.
Estraguei a minha vida, a vida da minha mulher, dos meus filhos, dos meus pais, de toda a família. A Paula ficou portadora do vírus, por minha culpa. A lição que aprendi, a um custo tão elevado foi que o amor vence tudo. A Paula deu-me uma chapada psicológica que eu nunca vou esquecer. Perdoou o que eu lhe fiz e tem-me proporcionado os melhores momentos da minha vida.
Hoje, estou deitado numa cama, sem fazer esforços. Estou com uma broncopneumonia grave, o meu organismo não responde aos tratamentos, não sei quantos dias vou durar. Se me safar desta vez, vou continuar a viver cada momento como se fosse único.
Estou angustiado por não haver nada a fazer, pelas consequências do meu acto inconsciente.
Quanto à minha amiga, a Mónica, perdi-lhe o rasto, tentei contactá-la logo que aconteceu tudo, mas nunca atendeu. Será que sabia o que tinha? Quantas mais pessoas teriam a mesma coisa? Estas são perguntas para as quais nunca vou ter resposta. Percebi a importância da vida, que, se tivesse uma 2ª oportunidade, nunca desperdiçaria os melhores momentos, as gracinhas dos meus filhos, o amor da minha mulher.
Porque escrevo? Porque quero passar a mensagem a todos os meus amigos e a todos os amigos dos meus amigos.
Eu não tive uma 2ª chance, não pude voltar atrás, estraguei tudo.Por isso peço-vos: Não desperdicem as oportunidades da vida. Ponderem sobre o que é mais importante para vocês. Quando "brincarem" com alguém, conhecido ou desconhecido, por mais confiança que possam ter, protejam-se. O bom aspecto das pessoas não indica se estão ou não contaminadas. Cuidado com as caras bonitas (isto é válido também para as mulheres, claro).
Mesmo com protecção, façam o teste HIV, porque nunca se sabe.
Quando o fizerem, se estiverem a trair alguém como eu (custa muito admitir, mas foi mesmo traição o que eu cometi), cuidado, pensem que não podem estragar mais ainda a vida das pessoas.
Eu não consegui voltar atrás mas quero que o meu caso sirva de exemplo.
Não vou chegar aos 36 anos, vou deixar para trás uma história de vida muito bonita, os meus filhos, a minha mulher, toda a minha vida. Eles vão ficar marcados para a vida toda, principalmente a Paula que tem a vida dela estragada à custa da minha irresponsabilidade.
Peço que não escondam nada dos meus filhos, quero que lhes contem tudo o que o pai fez, que lhes mostrem esta carta, quando puderem entender.
Perdi o rasto a muitos amigos de escola, da faculdade e de outros andamentos. Por isso mesmo, quero pedir a quem tem esses contactos, que forme uma corrente e mostre a minha mensagem.
O meu exemplo tem que servir para alguma coisa. Como não posso viver, pelo menos a minha morte poderá evitar outras, assim o espero.
Às pessoas que me conhecem, provavelmente vão ler a mensagem depois da minha morte: nunca tive inimigos por isso posso dizer que tive todo o prazer em vos conhecer, em ser vosso colega, vosso amigo… não chorem a minha morte, ou se chorarem, sorriam ao mesmo tempo e pensem que a vida é maravilhosa, basta nós querermos.
Por último, peço a todos os que lerem a minha mensagem, que pensem sobre o significado de curtir a vida.
Curtir a vida não é fazer o que eu fiz. Pensem muito nisso.
CURTAM, PROTEJAM-SE E VIVAM FELIZES!!!
Com saudades da vida
Ricardo Matos
Lisboa, 27 de Fevereiro de 2008

segunda-feira, 17 de março de 2008

“O que nos causa sarilhos não é aquilo que não sabemos”

Vimos, há algum tempo, na aula de Psicologia, o documentário feito por Al Gore, An Inconvenient Truth.

Mas, afinal, o que é que está a acontecer?

Diz a letra da música de Melissa Etheridge:

“Have I been sleeping?
I’ve been so still
Afraid of crumbling
Have I been careless?”

(Eu estava dormindo?
Eu estava tão parada
Com medo de despedaçar
Eu estava desatenta?)


A verdade é que me tocou este documentário.
Uma descrição sobre o aquecimento global do nosso planeta, uma eminente catástrofe ambiental, provocada pelas emissões de Co2, se não for travada a tempo.

Os oceanos aquecem e acontecem tempestades fortes, furacões, degelos em larga escala, cheias e secas, doenças e pragas… O clima está a mudar. A Natureza está a enlouquecer!

Será mesmo? Não será, como sempre ouvi aos antigos, o mar que vem buscar o que já foi seu?!

É preciso respeitar a verdade e apresentá-la como tal. Porque o que mais há é quem lance dúvidas, o que leva as pessoas a ficarem confusas. Temos que procurar separar a verdade da ficção. Porque “aquilo que tomamos por garantido pode já não existir para os nossos filhos”. Um dia eles poderão perguntar porque não agimos enquanto estávamos a tempo de o fazer.

“Fazer o que está correcto faz-nos progredir.”

E “cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”!

(Mas agora também já dizem que os caldos de galinha podem fazer mal também.)

Hello!!!

“That I need to move
I need to wake up
I need to change
I need to shake up
I need to speak out
Something’s got to break up
I’ve been asleep
And I need to wake up
Now”

(Que eu preciso de me mover
Preciso de acordar
Preciso mudar
Preciso sacudir
Preciso falar
Certas coisas têm que quebrar-se
Tenho estado a dormir
E preciso acordar
Agora
)

Apesar de achar que na Natureza "nada se perde, tudo se transforma",
podemos sempre mudar o que estiver ao nosso alcance, no sentido de diminuir as emissões de Co2, para reverter o aquecimento global e daí, todas as suas consequências.

Utilizando tecnologias que já existem, aplicadas num grande esforço mundial (como foi com a redução de CFC pela camada de ozono), é possível reduzirmos os níveis de Co2 para os registados em 1970, que são considerados normais.

Acho que cada um de nós tem que fazer a sua parte e, pelo sim pelo não, ir sensibilizando os outros para as questões ambientais.

Como começar…

- Desliga os aparelhos eléctricos quando não estiverem a ser utilizados. Desliga da tomada os aparelhos eléctricos que menos usas, porque eles continuam sempre a gastar energia.

- Lava a roupa com água fria ou morna.

- Seca a roupa numa corda em vez do secador da roupa, sempre que possível.

- Põe a louça a lavar só quando a máquina estiver cheia, ou lava à mão.

- Compra aparelhos com um consumo eficiente. Troca as lâmpadas incandescentes pelas lâmpadas fluorescentes/económicas.

- Ajustar o ar condicionado. Limpa os filtros.

- Melhora o isolamento térmico da casa, aumenta a insolação, pede uma análise do consumo de energia.

- Muda para fontes renováveis de energia.

- Isola as janelas, portas e tecto para gastares menos energia em aquecimento.

- Usa e abusa da regra dos “3R´s” – [Reduzir], [Reutilizar] e [Reciclar]. (Atenção, que agora já não serão só “3 R’s”, mas uns 4 ou 5 ou mais, tais como, para além dos já citados, os de [Recusar] tudo o que venha a produzir lixo indesejável, por exemplo os sacos de plástico nas nossas compras, [Repensar], [Responsabilizar] a comunidade e os governos…, [Revolucionar]…

- Usa papel reciclado.

- Planta árvores. Muitas árvores. As árvores consomem Co2 e libertam O2.

- Compra comida fresca e menos congelados.

- Procura comprar em mercados locais.

- Come menos carne.

- Se puderes, compra um carro híbrido. Se não, um que seja eficiente e gaste menos combustível e com menor emissão de gases.

- Tem atenção à manutenção do teu carro: quando maior a sua eficiência, menos gases nocivos são libertados. Já agora, vê o estado dos pneus, que também ajuda.

- Sempre que possível, anda a pé ou de bicicleta, de metro ou transportes públicos.

- Deixa de fumar e incentiva os que te rodeiam a fazerem o mesmo.

- Diz aos teus pais para não estragarem o mundo em que tu vais viver.

- Se és pai, junta-te aos teus filhos para salvar o mundo em que eles vão viver.

- Se acreditas na oração, reza para que as pessoas encontrem a força para mudar.

- E passa a palavra!

Visita o site www.climatecrisis.net

sábado, 8 de março de 2008

Ser mulher



Para as Mulheres Professoras

e para as Mulheres Alunas.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Importa saber identificar certos estilos de pessoas

Encontramos, no nosso dia-a-dia, pessoas, que através das suas atitudes, nos mostram que tipo de pessoas são: tipo agressivo, tipo passivo, tipo manipulador, tipo assertivo.

Na disciplina de TEC aprendi que para bem viver em grupo, importa saber com quem lidamos, o que nem sempre será muito fácil.

O tipo manipulador foi um dos que me chamou mais a atenção.

Descobri recentemente o estilo manipulador numa pessoa com quem vinha tratando há algum tempo. Ainda estou a aprender a lidar com a situação, mas para já, vou ficar de pé atrás!


Ora vejam como é o estilo MANIPULADOR!

O manipulador considera-se hábil nas relações interpessoais, apresentando e estudando discursos diferentes consoante os interlocutores a quem se dirige.
Dificilmente aceita a informação directa, preferindo fazer interpretações pessoais. Diz com frequência «Poderíamos entender-nos».
Apresenta-se quase sempre, como um útil intermediário e considera-se, mesmo, indispensável. Raramente se assume como responsável.
Agindo por interpostas pessoas, tira partido delas para atingir os seu próprios objectivos.
Fisicamente, parece, muitas vezes, um actor de teatro.
O manipulador nunca apresenta claramente os seus objectivos.

Comportamentos típicos do manipulador:

1. Apresenta uma relação táctica com os outros.
2. Tende a desvalorizar o outro através de frases que pretende que sejam humorísticas e que denotem inteligência e cultura.
3. Exagera e caricatura algumas partes da informação emitida pelos outros. Repete a informação desfigurada e manipula-a.
4. Utiliza a simulação como instrumento. Nega factos e inventa histórias para mostrar que as coisas não são da sua responsabilidade.
5. Fala por meias palavras; é especialista em rumores e «diz-que-disse».
6. É mais hábil em criar conflitos no momento oportuno do que reduzir as tensões existentes.
7. Tira partido do sistema (das leis e das regras), adapta-o aos seus interesses e considera que, quem não o faz é estúpido.
8. Oferece os seus talentos em presença de públicos difíceis.
9. A sua arma preferida é a culpabilidade. Ele explora as tradições, convicções e os escrúpulos de cada um; faz chantagem moral.
10. Emprega frequentemente o «nós» e não o «eu»; «falemos francamente», «confiemos um no outro»…
11. Apresenta-se sempre cheio de boas intenções.

(A informação sobre este estilo de pessoa foi recebida na aula)